domingo, 5 de setembro de 2010

Primeiro Dia - De San Sebastian à Lekeitio

Amanheceu e estava ávido por pedalar.
Felizmente o dia estava ótimo, com muito sol e uma temperatura agradável.
Antes do pedal foi preciso passar no correio para despachar alguns itens que ficaram a mais nos alforjes. Assim, mandamos para Santiago duas caixas com as sobras.
Ufa… começamos a pedalar logo depois de uma breve oração e de algumas fotos.

Saímos pela ciclovia que margeia o canal e fomos até a praia.

Foi só chegar a beira mar para compreender o motivo por chamarem San Sebastian de o paraíso da costa Espanhola. A cidade é belíssima!

Outra grata percepção foi o respeito ao ciclista no transito. Coisa de Europa… Bom, eu que sempre acreditei no respeito mutuo no transito, retribui da melhor forma que pude.

Espero que esta consciência chegue logo ao nosso país.
Por aqui, da para ter certeza que há espaço para todos com muito respeito mutuo.

Logo depois da praia de La Concha, ainda em San Sebastian, iniciamos nossa primeira subida, escalando o Monte Igeldo.

Pra quem estava acostumado a subir o morro da lagoa, a subida foi tranquila e tornou-se ainda mais prazerosa pela vista da praia que foi ficando para tras e pelas lindas casas que margeiam a pista.


E continuamos subindo...
Passamos pela Farol e logo em seguida pelo hotel.
A área do Monte Igueldo é uma reserva e para entrar tivemos que pagar.
A vista lá do alto valeu mesmo e a subida, como já disse, foi bem tranquila.

Antes de iniciarmos a descida pedalamos bastante lá pelo alto, onde encontramos a primeira seta indicativa do Caminho de Santiago e onde, logo após, encontramos as primeiras frutas que nos serviram numa gostosa degustação.

Logo ao iniciaros a descida e pouco depois de uns 40Km de pedal, encontramos a primeira indicação de distância à Santiago de Compostela, a qual obviamente foi amplamente registradas.
 
Na descida, mais uma surpresa. Uma pequena queda de agua bem a margem da estrada.
A Gabi, Nico e Andrei se refrescaram e encheram nossa caramanholas com agua fresca, eu como bom gato escaldado, tive medo de agua fria.
 
Morro abaixo chegamos a Zarautz.
Mais uma praia bonita e uma parada para um sorvete, afinal ninguém é de ferro, nem de aço, nem de tungstênio...

sábado, 4 de setembro de 2010

Segundo dia - Rumo a San Sebastian - Por Cau

Felizmente eu e a Gabi conseguimos mudar nossa passagens para o mesmo horário do Nico e Andrei e assim sairiámos todos as 3 da tarde para San Sebastian.
Com a mudança sobrou tempo para mais uma loja de Bikes a Mamooth, onde conhecemos mais algumas novidades de bikes e acessórios.

A loja fica próxima a uma galeria que é como um mini mercado público, deu para comermos uma frutas e sentir novos aromas.

Depois da loja voltamos ao hotel para pegar as bikes e partir para a estação.
Felizmente o repcionista do hotel também era biker e facilitou nosso Late check-out, chamou um serviço de taxi que levava duas bikes por corrida e ainda guardou nossa mochilas até o retorno de Compostela.
A estação da Av America, onde pegamos o onibus , era bem interessante pois é toda subterranea. Acho que tem uns 5 andares para baixo.
O serviço de onibus que comprei ainda no Brasil era da Empresa Alsa( penso que a maior da espanha) e era com o AutoBus Supra. Como bons brasileiros, custamos para acreditar no serviço que nos foi oferecido.
O carro tinha, apenas três fileiras de poltronas, sendo estas todas de couro., sistema de video como nos Airbus, serviço de bordo com lanches, cervejas e refrigerantes e, o melhor: wi-fi.

A viagem para San Sebastian demorou 5 horas e meia, as quais acabaram passando rápido,pois além de estarmos em um bom onibus e viajarmos por excelentes estradas, tinhamos uma paisagem muito interassante.

Chegamos em San Sebastian no inicio da noite e imediatamente apos o desembarque iniciamos a montagem das bikes ali mesmo nas proximidades da estação.

Passadas umas duas horas estavamos com as bikes prontas e com alfojes instalados e ja iniciavamos a busca por hospedagem. Quando iriamos entrar na ciclovia, pedi informação a um biker que passava e ele prontamente nos acompanhou até uma pousada na parte antiga da cidade. Na Pousada Amara pegamos um quarto com cinco camas e recebemos ordens de só usarmos quatro, caso contrario pagariamos uma extra.
Acomodamos as bikes e saimos a procura de algo para comer e beber.
Nao due outra… Bocadilos e Vino!!! Tudo de primeira e já começamos a incorporar o jeito espanhol de viver.

Depois disso: cama! Ou melhor cama com bicicleta, por seguranca dormimos com as bicis no quarto.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Em Madri - Por Cau

Chegada em Madri foi mais simples e fácil do que imaginava. Há tempos houvia algumas conversas sobre dificuldades de entrar na Europe e o Nico havia me assustado bastatnte com uma conversa de extradição. Assim, para evitar problemas estava com toda documentaçao em cima, incluindo o seguro viagem.
Ahhh... sobre o seguro me garantiram que se você tentar entrar na Espanha sem seguro de viagem é retorno na certa.

Bom… Para resumir… Sai do avião, não peguei fila na aduana e meu passaporte foi carimbado sem que ouvisse uma só palavra do atendente, e sem receber nem um olhar dele. Inexplicavel! Mas me pareceu que foi assim com todos os que chegavam na quele vôo da Tam.
Como tinha pouca bagagem sai direto e lá estava a Gabi me esperando para irmos ao centro,
O Metrô no aeroporto é tranquilo demais e de lá seguimos direto para o hotel. Fácil Fácil.. Atravessamos a rua e já estavamos no hotel holliday Inn, bem ao lado do estadio do Real Madri e da Calle Orense que é uma rua com tudo: Bares, Restaurante, Mac Donald, Burger king, Telefonica, Orange e El Corte Inglez. E o melhor de tudo, fica bem perto da loja Bicimania onde tem tudo pra bike.
Deixamos as coisas no hotel e fomos comprar os cartões para celulares na Orange e depois disso deixarmos um fone para o Nico e Andrei no Hotel e corremos para a Bicimaia.
Chegamos lá e foi como entrar num parque de diversões.


Pura alegria...
Logo em seguida chegaram Nico e Andrei e a turma estava completa.
Os atendentes da loja ficaram tontos de tanto que perguntavamos sobre ítens e seus preços. Os produtos aqui chegam a custar menos do que no Brasil, sem contar que temos acesso a tecnologias que ainda nem chegaram no nosso continente.
Depois que a loja fechou, ainda ficamos lá dando trabalho e só saimos por volta das nove da noite.
Da loja ainda fomos para El Corte Ingles na Orense que é bom demais. Tem de tudo!


Cansados de tanto andar só nos restou tomar umas Birras e comer alguns bocadilos no Koln, um bar maneiro bem ao lado do hotel
Como era quinta, ligamos pro Souza logo na saida do Pedal em Floripa para mandar aquele abraço pra galera.


E continuamos bebericando até 1 e meia da manhã de Madri.
Não satisfeitos, fomos ao hotel onde tomamos a saideira… é a vida nao é só feita de pedal e peregrinaçao. Hehehe…

Encontros e Desencontros - By Gabi

Cheguei no Aeroporto de Madri-Barajas as 10:30h, céu encoberto, porém muito calor. Já na saída da aeronave, 2 policiais verificavam o passaporte de todos os passageiros. Na imigração, me perguntaram apenas quantos dias ficaria em Madri. O trajeto para chegar até minha bagagem foi longo, há até um mêtro que opera somente dentro do aeroporto. Embora o aeroporto de Madri seja imenso, é muito bem sinalizado, mas achei estranho as indicações em sentido ao mêtro para chegar até o local das bagagens, então fiquei desconfiada e tive que perguntar. Mas era isso mesmo. Em menos de 1 minuto de mêtro, cheguei até um saguão onde rapidamente localizei a esteira da minha bagagem pelo painel eletronico. De posse da bagagem, me restava aguardar o Cau conforme combinamos, sendo que seu voo chegaria äs 12:15h, pela TAM.
Observei que o portão de desembarque era numero 10 e 11, logo pensei, deve haver o portão 1, 2, 3, 4...
Fui até o balcon de información e perguntei se estes eram os únicos portões de desembarque do aeroporto. Fui informada que sim. Após comprar cartão telephonic e realizar algumas ligações, voltei ao portão de desembarque e fiquei observando o painel eletronico dos voos. Percebi que ja eram 12:30h e nada de aparecer o voo do Cau no painel. Será que atrasou?, pensei. Esperei preocupada até as 12:40h, quando me dei conta que o painel não sinalizava nenhum voo da TAM. Voltei ao balcon de information e perguntei num portunhol todo errado:
- Voce tiem certeza que este é lo unico geate de desembarque do aeroporto?
- Si
- De todas las companhias?
- No.
- No??? E onde é lo geate de desembarque da TAM?
- En outro aeroporto.
- O que??
Que surpresa! Nem imaginei que Barajas era dividido.em dois aeroportos.
Após uma breve explicaçao de como eu chegava no outro aeroporto com um bus free, “voei”pra lá.
Percorri o aeroporto inteiro atras de um painel para eu localizar o Cau, descobri que por sorte o voo dele estava atrasado e por isso o avião estava neste momento pousando!
Desencontro? Sorte? Sei lá… mas daí foi só parar em frente ao portão de desembarque, sentar no chão com minha bagagem e esperar o Cau apontar pelo portão 1.

A Saída - by Cau

Não imaginava que viveria tanta tensão nos dois últimos dias que antecederam da partida, afinal foram meses de preparação. Pois é…acabei Vivendo dois dias de adrenalina.
Tudo começou com a noticia de que um dos integrantes do nosso grupo havia desistido de embarcar. Isso mexeu forte com todos e tentamos de diversas formas dissuadi-lo da idéia, sendo que até certo momento conseguimos, mas no final ele desisitiu e isso deixou o grupo um pouco pra baixo.

No estilo “bola pra frente” reajustamos o que foi necessário e passamos aos preparativos finais.
Felizmente, as reuniões que fizemos me deixavam confortável em decidir o que levar e isso é meio caminho andado, o que pegou foi o momento de deixar as as coisas do trabalho. Apesar ter me preparado, decidi checar tudo novamente e isso acabou sendo um pouco corrido e tenso. Ao final, me senti tranquilo pois estava tudo ok e fui para casa para arrumar as malas, ou melhor a mochila. Mesmo sabendo o que levar o momento de colocar as coisas na mochila inicia a despedida da família e a cada peça que colocava na mochila aumentava o sentimento por deixá-los.
Viajaria no dia seguinte pela manhã e estava cansado , felizmente tive uma boa noite de sono.

Acordar e via jar! Até que enfim chegou o dia.
Parecia fácil, mas sair de casa para realizar uma viagem como essa, causou algumas sensações nunca antes sentidas e estava só no primeiro dia.
Vou tentar esplicar. Sou casado a quase vinte anos, sempre viajei por conta da minha profissão , e essa seria a primeira vez em faria uma viagem longa sozinho.
Por um lado sentia já sentia o prazer da aventura que comecaria viver, mas por outro sentia saudades da esposa e dos filhos. Por um lado estava ansioso para comecar a viver com as coisas que estavam na mochila, mas por outro imaginava como viveria sem as coisas que deixei. E por ai vai…
Será que no trabalho tudo vai ficar bem? Será que conseguirey completar o caminho? O que será que aprenderei com a peregrinação? Muitas dúvidas, mas a certeza de que eu queria muito isso ainda era mais forte e eu começava a me sentir leve e ansioso por entrar no avião.

Por conta das mudanças que fiz nas datas de partida, meu vôo teve uma conexao de oito horas em Guarulhos. Felizmente, fiquei na sala da American express, tomando sucos e comendo sanduiches a vontade. Lá me chamou a atençao um casal que estava sentado num canto da sala. Por mais que tentassem parecer normais, eram diferentes. Mas quem eram?
Depois de muito matutar e com a ajuda do google image, matei a charada.. Eram Lauryn Hill e Rohan Marley, ela cantora pop que iniciou seu sucesso no Foogees e depois fez muito sucesso com um DVD solo, o qual havia presenteado meu irmão Rodrigo, e ele filho da lenda do Reggae Bob Marley. Como estavam sozinhos, decidi testar meu ingles e arrisquei uma conversa rápida. Foram bem simpaticos e como bom manezinho, falei para eles que conheceriam Floripa, a ilha mais linda da américa do sul. Ganhei uma foto com ela, tirada por ele.


Finalmente, chegou a hora de embarcar para Madri.
Na fila de embarque, os gritos e choros de adolescentes que se despediam me fizeram pensar sobre o que sentimos quando vemos alguem partir. A sensaçao de perda e de saudade dos momentos vividos, que misteriosamente passam a ser completamente perefeitos.
Não me abalei, tinha um objetivo a realizar e logo estaria de volta.


Vôo lotado, dormi logo após a janta e acordei já tentando me adaptar ao novo fuso.
Ainda estou no avião e já estamos sobre o continente europeu.
Vou preparar os documentos para aduana e finalmente pisar em terra.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mensagem da Gabi pra Família do Duas Rodas

Queridos amigos do Duas Rodas,
Primeiramente gostaria de dizer que é uma imensa satisfação fazer parte desta grande família. Apesar de estar no grupo a pouco tempo, a muito me sinto uma veterana, graças a receptividade e energia contagiante de todos vocês.
O Duas Rodas mudou minha vida! Ganhei amigos, ganhei saúde, ganhei lazer e ganhei a oportunidade de conviver com pessoas distintas entre si, mas muito semelhantes nesta sede de pedalar em busca de algo mais... de algo que possa nos preencher de alguma forma e que nos fortalecer diante dos obstáculos do dia-a-dia.
Digo ganhei porque ter o privilégio de participar deste grupo é um presente de Deus! E poder pedalar rumo à Santiago de Compostela não é um acaso....
Não tenho dúvida que todos vocês estarão conosco a cada pedalada, a cada cansaço, a cada chegada... De uma forma ou de outra e como uma grande família que somos, muitos estão contribuindo com essa viagem: o material de apoio, o preparo das bikes, as dicas, os incentivos, as vibrações positivas e o desejo de cada um em fazer parte desta trajetória. Obrigada a cada um em especial.
Esperamos representar com garra o Duas Rodas e contribuir com a história deste grupo!
Parabéns Souza e Pri pela dedicação e esforço constante pelo fortalecimento do grupo. O resultado desta conquista pudemos sentir no sucesso da nossa festa de 5 anos.
Depois de infinitos meses, já podemos contar as horas para nossa partida... mas já pensando na volta cheia de novidades para dividir com vocês!!!
Acompanhem o blog: caucarvalho.blogspot.com
Valeu!!! E até a volta!!!!!


bjxxxxxxxxxxxxx


Gabi

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Previsão do trajeto - Primeiro dia

Já sabemos que no primeiro dia o que nos espera é algo em torno de 70Km então dediquei um tempinho para fazer todo o trajeto pelo Google Earth e o que vi foi:
Sairemos de San sebastian ao nível do mar e faremos uma subida de uns 170m até o alto do monte Igueldo de onde devemos ter uma vista de toda a Baia de San Sebastian;
Daí para frente continuaremos em subida até uns 240m onde passaremos pela Vilarejo de Igueldo;
Continuaremos subindo até uns 350m e depois desceremos até a cidade de Orio, que fica ao nível do mar.
Esta primeira parte do trajeto tem uma extensão de menos de 18Km, e terá a subida mais forte do dia;
A nível do comparação, destaco que o nosso Morro da Lagoa tem uma altitude máxima de 140m. Ou seja, vai ser “pedreira”;
De Orio até Zarautz, vamos ter um subida que beira os 100m e voltaremos ao nível do mar;
De Zaraut até Deba vamos costeando o mar cantábrico e não passaremos dos 50m;
Só pra constar de Orio a Deba são uns 30Km;
Os 22Km de Deba até Lekeito não terão subida acima dos 100m, mas não deve ser muito mole, pois devemos subir e descer antes e Ondarroa e depois vamos costear a uma altuma média de 50m entre Ondarroa e Lekeito, mas nessa parte teremos uma subidinha de 100m.


Pelo que vi é isso pro primeiro dia.

Previsão do trajeto - Segundo dia

Na saida de Lekeitio, pela BI 2328, comecamos uma subida até Ereño que fica a uns 270 metros em relação ao nível do mar, mas deve ser uma subida suave pois será de aproximadamente 10Km de extensão. Logo em seguida começamos a descer e será uma descida longa de aproximadamente outros 10km até Kortezubi.

Daí pra frente um bom trecho plano a uns 20 metros em relação ao nível do mar, passaremos por Gernika-Lumo e vamos assim até Muxika.

De Muxika encararemos outra subida até Autzagane que fica a 226 metros, sendo que parece ser uma subida um pouco íngreme.

Nova descida até N 634 onde devemos pegar um trecho novamente plano com pequenas variações de altura até Bilbao, sendo que na entrada de Bilbao, pra fechar o dia, um morrinho de 100 metros.

Pedal total de 52 Km.

Devemos chegar em Bilbao cedo e poderemos aproveitar o resto do dia pra curtir a cidade.

Previsão do trajeto - Terceiro e Quarto dias

O terceiro dia aparece sem grandes surpresas e a N 634 se confirma, pelo GoogleEarth como uma boa opção pois neste dia não vem com grandes subidas.
Nos 60 km até Laredo teremos leves subidas.
A primeira até La Rigada onde deveremos chegar as uns 12Ometros, depois uma descida ate Onton.
De Ontom em diante voltamos a subir, mas desta vez com vista para o Mar ate pouco antes de Mioño, onde já voltaremos ao nível do mar, e assim seguiremos por Brazomar, Castro, Urdiales, Cerdigo e nova elevação leve (70m) pouco antes de Islares.
Nova descida depois Islares.
Daí pra frente mais uma subida até 140Metros pouco antes de Isequilla onde vamos passar a uns 25mstros de altitude.
Antes de chegar a Laredo uma nova subida (a pior do dia 157metros) e deu...


O Quarto dia ficou fácil demais e por isso acho que deveríamos juntar com o terceiro .
Os 50 quilometros entre Laredo e Santander, só apresentam uma única subida, a qual fica em Ribamontám al Monte, onde devemos chegar a pouco mais de 180 metros.
Depois disso, só descida e pedais planos até Santander onde devemos ter varia opções de hospedagem.
Fica o desafio, de pedalar 110 Km em um dia, mas depois de uma noite bem dormida em Bilbao.
Será que vamos conseguir...

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Por que fazer o caminho de Santiago de Compostela

Esta pergunta é difícil de responder.

À primeira vista as razões que levariam alguém a peregrinar até Santiago de Compostela dividem-se em três grupos: o religioso, o esportivo e o aventureiro.
Em quais destes me encaixo?
Nos 3...
Vou tentar explicar.
Quem me conhece sabe que gosto de aventura. Desde pequeno gostei coisas como mochilas, cabos, mosquetões e etc. Fui criado com liberdade e adorava andar no mato. Na adolescência variava minha diversão entre subir o morro da cruz a pé para ver a cidade do alto, andar de bicicleta pela cidade vazia, ou andar a cavalo na casa de amigos. Felizmente, tive bons amigos que me proporcionaram ótimos finais de semana em cima de um cavalo.
Em seguida a vela entrou forte e roubou o espaço da outras atividades. Para mim a vela era mais uma aventura de que um esporte. Com ela podia acampar dentro do barco fugindo da rotina e me aventurando nas águas.
Logo em seguida veio o vestibular, universidade e trabalho. Dai pra frente minhas aventuras passaram a ser desenvolvidas no período noturno e assim me tornei um boêmio intenso e mantive só a vela com um esporte ocasional, onde também degustava uns “drinks on board”.
Felizmente, passado vários anos tive a oportunidade de voltar a pedalar. Isso aconteceu durante os últimos tempos em que morei em Brasília. E como diziam os brasilienses, fui contaminado pelo vírus das MTBs. Lá descobri o cicloturismo e fiz alguns passeios e trilhas, o que definitivamente mudou minha visão do cerrado, e onde fiz vários amigos.
A bike juntava a pratica de uma atividade física com a possibilidade de fazer algumas aventuras, isso com muito prazer e ao lado de bons amigos. Poderia ser melhor?
Bom, justifiquei meu enquadramento em duas razoes para fazer o caminho, mas e o religioso? Será que tem a ver comigo?
Vamos lá...
Minha família é católica, tive avós praticantes e apesar de meus pais não terem o costume de ir a missas, eu sempre gostei. Alias, acho que precisei... Encontrava em minhas orações conforto e força. Estudei no Colégio Catarinense e lá participava da cruzada eucarística.
Ai tem uma passagem interessante: os participantes da cruzada tinham privilégios em Pinheiral (uma colônia de férias bem especial na época) e para alguns amigos eu só havia entrado na cruzada para ir lá ( é, para alguns, meu lado aventureiro ofuscava o religioso). Na verdade não era assim. Sai do colégio no último ano do ginásio (terceiro científico, na época) e nunca fui a pinheiral.
Com o passar dos anos, minha crença e fé só aumentaram. Tive oportunidade de conhecer e estudar a doutrina espírita e hoje me considero acima de tudo um cristão, me conforto com a fé católica, a qual me formou e busco evoluir com as informações espíritas.
Acredito que na peregrinação terei oportunidade de reafirmar votos e poderei crescer com as experiências, com o desapego e com as reflexões que farei.
Dizem que é comum um peregrino questionar o outro sobre os motivos que o fazem peregrinar. Ainda não tenho minha resposta completamente pronta, mas gostei muito de uma que no livro O Caminho de Santiago, Uma peregrinação ao Campo das Estrelas. A qual reproduzo abaixo:
- Por que fazes o caminho? – Perguntou o autor;
- Para me fazer amigo de Santiago. Para mostrar o respeito e venero. Respondeu Felix, um peregrino.
- Queres ficar amigo de Santiago para poder pedir-lhe alguma coisa?
- Não. Não se pede nada aos verdadeiros amigos. Quando precisamos de algo, eles pressentem e ficam felizes em nos ajudar, como nós a eles. Não vou pedir nada ao santo. Ele saberá o que pode me dar e o que mereço receber. Deixo nas mão deles.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O que é o Caminho de Santiago de Compostela

O Caminho de Santiago é uma antiga rota de peregrinação que se estende por todo a Peninsula Ibérica até a cidade de Santiago de Compostela, no extremo oeste da Espanha, onde se acredita estar o túmulo do Apósotolo.



Desde o Século IX, homes e mulheres partem de suas cidades tendo como destino aquele lugar sagrado, moviemnto este que teve auge nos séculos XII e XII, com a passagem de centenas de milhares de viajantes.


Hoje em dia, pessoas de todas as idades imitam os passos medievais e percorrem este antigo traçado; uns por espírito religioso-cristão, outros por misticismo, busca interior ou apenas como aventura.


Um pouco de História:


Após a ressureição de Cristo, os apóstolos seguindo a orientação que o Senhor lhes transmitiu na terceira aparição, saíram da Judéia para espalhar suas palavras em terras desconhecidas. Tiago, filho de Zebedeo e Salomé e irmão de João "O Evangelista", frustrado com as constantes perseguições que sofreu Cristo e que continuava atingindo todos os demais cristãos, decidiu pregar em Finisterrae um lugar muito remoto onde não haviam perseguições aos cristãos.
Esta região, a mais a oeste da Europa, era então considerada o fim do mundo, daí o seu nome. Após uma longa jornada, em um pequeno veleiro que praticava o comércio em todo o Mediterrâneo, chegou a Iria Flávia, cidade na qual conseguiu vencer várias dificuldades iniciais e à partir da qual iniciou seu trabalho de evangelização entre os povos da região. Após seis anos de pregação, decidiu que era hora de voltar à Palestina a fim de contar o que tinha conseguido e trazer mais evangelizadores à Hispania. O retorno foi muito difícil e dois anos depois finalmente aportou em Jafa e seguiu para Jerusalém.
Nesta época os judeus eram regidos por Herodes Agrippa, que levou as perseguições aos judeus às últimas conseqüências. Após um curto período de pregação, Tiago foi preso e sentenciado à morte por decapitação e abandono dos restos mortais às feras do deserto. Cumprida a sentença, os seus irmãos de fé conseguiram recolher o seu corpo, que foi embalsamado e transportado de volta à Hispania por Teodoro e Atanásio, dois discípulos convertidos em Iria Flavia. Uma vez de volta a Finisterrae, Tiago foi sepultado em um bosque de difícil acesso que recebeu o nome de Libredunum. À partir de então gerações de eremitas se revezavam na tarefa de velar o túmulo do Apóstolo.
Passaram-se quase setecentos anos, quando em 822, dois camponeses acreditaram ter visto muitas luzes vindas de um bosque êrmo. Alertado, o Bispo Teodomiro empreendeu uma viagem ao local e lá encontrou o eremita Pelayo que lhe relatou que velava o túmulo de Santiago, todo envolto por luzes. A notícia foi rapidamente levada ao rei Afonso II que mandou construir uma capela e um monastério, tornando-se o primeiro peregrino a visitar o local. Assim nasceu um dos mais importantes centros de peregrinação: o Caminho de Santiago de Campo Estela.
À partir de 845, começaram a chegar os primeiros peregrinos e já em 862 o local não suportava mais o fluxo de fiéis, o que fez com que os restos mortais fossem transladados para Santiago de Compostela. Em 1075 deu-se o início da construção da atual catedral. No século XI, o caminho partia de quatro cidades da França: Tours, Vézelay, Lê Puy até Ostabad e de Arlés até Somport.
Devido à importância que o Caminho adquiriu, em 1135, o Papa Calixto II, incumbiu o frade Aimeric Picaud de escrever uma obra a respeito, tendo sido produzido o Líber Sancti Jacobi, em cinco volumes. Um dos volumes descreve pormenorizadamente o caminho, sendo considerado o seu primeiro guia.
Com o fim da Idade Média, o Caminho de Santiago perdeu a sua importância e foi gradativamente esquecido. Somente no século XX, ele foi novamente resgatado e começaram as peregrinações modernas. O Caminho de Santiago foi declarado Conjunto Historio Artístico em 1962, é considerado Patrimônio Cultural Europeu pela Unidade Européia e Santiago de Compostela foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade em 1962.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Traçando a rota

Grupo formado definimos que iniciaremos nossa trip em San Sebastian e que podemos pedalar já no dia 04 de Setembro, pois todos estaremos em Madri até o dia 02 e assim, o dia 03 será para concluirmos as compras e nos deslocar ao ponto de partida.



Para mim isso ainda parecia pouco, uma vez que não tínhamos um roteiro completamente definido, por não acreditar que poderíamos ter esta programação prévia sem conhecer as particularidades da região. Ainda bem, que definimos nossa viagem há um bom tempo e desde então, passamos a trocar informações e a interagir com ferramentas que nos possibilitam conhecer a região e o percurso sem estar lá.


É difícil encontrar literatura sobre o caminho no norte, tanto a pé quanto de bike. Visitei algumas livrarias em busca de guias sobre o caminho, mas só encontrei livros sobre peregrinação a pé pelo Caminho Francês. Estive em São Paulo procurando e também não encontrei nada. Ainda em São Paulo, visitei a Associação de Confrades e Amigos do Caminho de Santiago de Compostela, onde retirei minha credencial de peregrino e onde, novamente, nada encontrei para auxiliar-nos na definição do roteiro.


Já na Web foi fácil encontrar diversos sites sobre o Caminho e alguns são muito úteis para auxiliar na elaboração do roteiro. Em especial cito: www.mundicamino.com e www.caminhodesantiago.com, sendo que o primeiro foi o que mais me ajudou.


O Google é fantástico. Dá para “viajar” sem sair da frente da tela do micro. E assim, passei a utilizá-lo quase que diariamente.


Como disse, julgo ser importante possuirmos um programação inicial do roteiro a seguir. Enquanto que por outro lado, também é muito importante estarmos preparados e abertos as mudanças que podem e devem ocorrer. Acima de tudo, ter um objetivo claro, diário e comum a todos do grupo, me parecia imprescindível. Pensando assim, apresentei em uma das reuniões do nosso grupo uma sugestão de roteiro e esta foi bem recebida por todos.


Depois disso fiz mais alguns ajustes e no momento nossa programação é a seguinte:


Dia 02/09 – Todos já estarão em Madri e iniciaremos as compras dos ítens que não encontramos por aqui;


Dia 03/09 – As compras devem estar concluídas e nos deslocaremos à San Sebastian. Iremos de Ônibus;


Dia 04/09 – Começaremos a pedalar com destino à Lekeito;


Dia 05/09 – Pedal curto até Bilbao, onde deveremos chegar cedo para aproveitar a cidade;


Dia 06/09 – Poderemos sair de Bilbao com calma pois o pedal será curto até Laredo;


Dia 07/09 – Ultimo dia de pedal leve. Destino Santander, capital da Cantábria;


Dia 08/09 – Já no ritmo, passaremos a fazer pedais mais longos e neste dia o destino final é Colombres;


Dia 09/09 – Rumo à Sebrago passaremos pela encantadora Ribadesella;


Dia 10/09 – Nosso destino final será Aviles e no caminho visitaremos Oviedo e Veja de Sariego;


Dia 11.09 – O roteiro passa por Soto de Luiña, cadavedo e termina em Luarca;


Dia 12/09 – Entraremos na Galícia rumo à Lourenzá, passando pode La Caridad e Ribadeo;


Dia 13/09 – Ultimo dia de pedal longo, nosso objetivo será Sobrado dos Monxes;


Dia 14/09 – Devemos chegar em Santiago de Compostela no inicio da tarde.


Nas próximas postagens, falarei um pouco mais dos lugares por onde passaremos. Hoje, ainda vou aproveitar para registrar que pedalaremos por quatro regiões da Espanha. Começaremos pelo País Basco, seguiremos pela Cantábria e Astúrias e chegaremos na Galícia.


Os bascos são um povo especial: nunca esquecem que sua cultura é diferente de qualquer outra da Espanha e embora o governo Basco tenha uma autonomia bastante grande, há um forte movimento separatista que quer cortar os laços com o governo de Madri. Lembra do ETA?


No país Basco eles tem um idioma próprio, o Euskera. San Sebastian é Donostia em Euskera e por ai vai...


Nas Astúrias e Cantábria existem muitas cidades e igrejas antigas e interessante portos pesqueiros na costa, deveremos pedalar sempre beirando o mar cantábrico e poderemos conhecer um pouco da gastronomia da região e suas sidras. Estas duas províncias são divididas por uma cadeia de montanhas conhecida como Picos da Europa.


A Galícia fica na extremo noroeste da península e é conhecida como a região mais verde da Espanha e como vamos pedalar por lá no final do verão europeu devemos encontrar muito verde no caminho.


Bom, sem dúvidas teremos surpresas no caminho e muitas mudanças neste planejamento inicial, mas o que nos espera é isso.


Amanhã tem mais...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O Inicio

Tudo começou no final de Fevereiro de 2010, com os convites do Andrei para que o acompanhasse em uma viagem de Bike pela Europa.

Seus convites não tinham um roteiro definido.
Ele comentava que não estava tão animado em fazer o Caminho de Santiago, pois o já tivera feito mais de 5 vezes nos últimos anos.
Já para mim era diferente, eu só iria se fosse para fazer o Caminho, pois este sempre me interessou.
Não sei ao certo como começou este interesse, mas ele já estava guardado há tempo.
Ao final, acertamos uma forma que seria interessante a ambos. Faríamos o Caminho do Norte à Santiago de Compostela e assim iríamos peregrinar como eu desejava e seguiríamos por um caminho diferente como o Andrei pretendia, pois até então ele havia sempre feito o Caminho Francês.
Emitimos as passagens, mas por estarmos viajando com pontos, não conseguimos os mesmo vôos.
Ele iria de Tap no dia 30 de Maio e eu de Tam no dia 31.
Ótimo, pois ele ainda precisava comprar sua bike e assim quando eu chegasse, ele já estaria pronto.
Em 21 Março, durante o Audax Floripa 2010, uma prova de bike com percurso de 200km em no máximo 13 hs. Sofremos junto um acidente depois de pouco mais de 60km de prova.
O acidente foi simples. Só que fraturei o Radio e Ulna e precisei de cirurgia e alguns meses de molho.
Viagem adiada na certa!
Meu parceiro, bem que tentou me convencer a fazer a viagem enquanto eu estava em recuperação, mas meu médico e minha fisioterapeuta concordavam comigo que seria muita irresponsabilidade.
Só no inicio de Maio, remarquei minha passagem. Mudei o vôo para o inicio de Setembro, conforme acordei com o Andrei.
Com a mudança de datas, o Nico, companheiro de pedal no grupo Duas Rodas, aceitou nosso convite e passamos a ser três nesta viagem.
Logo em seguida o Fernandez manifestou interesse em nos acompanha, assim como a Gabi que já estava com viagem marcada para a Europa no mesmo período da nossa trip.
Agora somos cinco.
Cinco pessoas diferentes, mas com o mesmo propósito: pedalar na Europa com destino a Santiago de Compostela

quarta-feira, 30 de junho de 2010

San Sebastian

Situado em um lugar maravilhoso no interior de uma baía, San Sebastian (Donostia) é o balneario mais elegante da Espanha. Em cada ponta da enseada há uma colina com uma torre no topo: o Monte Urgull no leste e o Monte Igeldo no oeste. Entre os dois, na entrada da baía, fica a pequena Isla Santa Clara.
San Sebastian começou a ficar popular entre a aristrocacia espanhola no fim do século 19. Possui lojas elegantes e um dos mais luxuosos hotéis da Espanha, o Maria Cristina, mas ainda é um balneário familiar.
A cidade é conhecida por seus grandes festivais de arte no verão. Há festivais de jazz e teatro em Julho, de música erudita em Agosto e o Festival Internacional de Cinema de San Sebastian em Setembro. A Semana Grande, em agosto, é a principal "fiesta" da cidade.
A parte antiga de San Sebastian, denominada de Parte Vieja, é fascinante. Está situada entre a baía e o rio Urumea. As ruazinhas da cidade antiga, cheias de restaurantes e de bares de tapas, são muito movimentadas à noite. No enorme mercado de peixe municipal há bancas que mostram o papel desempenhado pelos peixes e frutos-do-mar na vida da cidade.
O centro da cidade antiga é a Plaza de la Constitucíon, uma elegante praça rodeada de arcos e venezianas coloridos. Os números das sacadas são da época em que a praça era usada como arena de touradas e os organizadores vendiam ingressos para cada lugar numerado. Perto fica a Iglesia de San Vicente.
O monte Urgull ergue-se atrás da cidade antiga. No topo, onde há um cristo e ruínas do Castillo de Santa Cruz de la Mota com canhões antigos.
As duas praias principais acompanham a baía em volta do monte Igueldo. A Playa de Ondarreta é a mais famosa e a Playa de La Conha, a maior. Entre as duas está o Palácio Miramar, obra de 1889 do arquiteto basco Jose Goicoa.
O palácio, construido para a rainha Maria Cristina, contrituiu para o status aristrocático de San Sebastian. Os jardins são abertos ao público.
Na ponta, perto da Playa de Ondarreta, há um belo conjunto de esculturas modernas em ferro sobre rochas - Na Crista dos Ventos, de Eduardo Chillida.Uma estrada e um caminho funicular(bondinho) construido em 1912, levam ao topo do Monte Igueldo, onde há um pequeno parque de diversões.
A leste da Playa de la Conha fica a praia preferida dos surfistas, Playa de la Zurriola, dominada por uma montanha, o Monte Ulía.
Vale a pena conhecer o Aquário. Este possui um tunel subaquatico com visão 360graus, onde visitantes observam mais de 5.000 peixes, incluindo quatro espécies de tubarão. O ingresso dá acesso ao museu naval, com exposições sobre a história naval basca.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Bilbao

Bilbao (Bilbo) é o centro industrial do País Basco , o maior porto comercial da Espanha e a maior cidade basca. Está rodeada por montanhas sem vegetação. Seus subúrbios se espalham por 16km ao longo do rio Nervión (Nerboi), até seu estuário. Entre Las Arenas e o porto pesqueiro de Portugalete, o rio pode ser atravessado Puente Colgante (tombada pela Unesco). Esta ponte de ferro, construída em 1888, tem uma cabina suspensa para carros e passageiros.
Bilbao começou a se desenvolver como centro industrial no século 19, quando o minério de ferro passou a ser extraído de jazidas situadas a noroeste da cidade. Logo depois, siderúgicas e fábricas químicas se tornaram parte ingrante da paisagem local.
A cidade não é bonita, mas é próspera, e a pesada poluição do passado foi bastante reduzida. Um plano de desenvolvimento urbano introduziu obras fascinantes de arquitetura modernista para quebrar a monotonia da paisagem industrial. O casco viejo (cidade antiga), ao lado do rio, foi construído no século 14 e é a parte mais bonita. Aqui , rodeada de ruazinhas cheias de bares de tapas, estão a Plazuela de Santiago, com arcos e a Catedral Basílica de Santiago. O Museu Arqueológico, Etnográfico e Histórico Vasco exibe arte basca, objetos folclóricos e fotos da vida basca. No claustro está o Ídolo de Mikeldi, uma escultura semelhante a um animal que data do século 3° ou 2° a.C. Na parte nova da cidade situa-se o enorme Museo de Bellas Artes, um dos melhores museus de arte da Espanha. Exibe obras de arte que vão desde peças bascas e catalãs do século 12 até artistas modernos de renome internacional como Vasarely, Kokoschka, Bacon, Delaunay e Léger. Há também pinturas de artistas bascos.
A grande atração cultural da cidade é o Museo Guggenheim Bilbao, que abriu em 1997. O museu é parte do plano de desenvolvimento da cidade, que inclui a expansão da capacidade portuária e um novo sistema de metrô, projetado em estilo futurista por Norman Foster. Outra nova construção é o Palácio de la Música y Congreso Euskalduna. Projetado para parecer um navio, tem um auditório para 2.200 pessoas e abriga a Orquestra Sinfônica de Bilbao.
A oeste da cidade, um funicular(bondinho) sobe até a cidadezinha de La Reineta, de onde se pode aproveitar uma ampla vista panorâmica do porto.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Santander

Santander é a capital da Cantábria e um porto movimentado, em local excelente, perto da entrada de uma baía. O centro da cidade é moderno - foi reconstruído depois de um incêndio em 1941. A catedral foi reerguida em estilo gótico, mas mantém sua cripta do século 12. O Museo de Bellas Artes exibe trabalhos de Goya e de outros artistas dos séculos 19 e 20. O Museo de Prehistoria y Arqueología da cidade expõe objetos encontrados nas cavernas de Altamira e Puente Viesgo, como por exemplo machados neolíticos e moedas, cerâmicas e figuras romanas. O Museo Marítimo exibe esqueletos de baleias raras e 350 espécies de peixes locais.
A cidade se estende ao longo da costa, em volta da península de La Magdalena, um promontório com parque , zoológico e o Palacio de la Magdalena, construído por Alfonso XIII, em 1912, que demonstra o quanto a família real gostava da cidade.
O subúrbio costeiro de El Sardinero, ao norte do promontório, é um elegante balneário com longa praia rodeada por jardins, cafés e um majestoso cassino branco. El Sardinero sedia um renomado festival de música e teatro em julho e agosto.


Em tempo: Promontório é uam altura considerável de terra que avança para dentro do mar, um cabo.

domingo, 27 de junho de 2010

Gernika-Lumo

Esta pequena cidade tem um grande significado simbólico para os bascos. Por séculos se reuniram neste local em assembléia democrática, sob um carvalho na encosta de uma colina. No dia 26 de abril de 1937 , Gernika-Lumo (Guernica) foi alvo do primeiro bombardeio em massa da história da humanidade, realizado por aviões nazistas, por solicitação do general Franco. A poderosa pintura de Picasso sobre este acontecimento pode ser vista em Madri.
A cidade foi reconstruída e não possui grandes atrativos, mas em um parque está o tronco petrificado do carvalho de 300 anos. É o Gerniakako Arbola, ou Carvalho de Guernica, símbolo das antigas raízes do povo basco. Carvalhos jovens, cultivados por suas bolotas, foram plantados ao lado. O povo basco visita a antiga árvore como se fosse um lugar de peregrinação.
A Casa de Juntas, nas proximidades, é uma aniga capela em que o parlamento da província de Biscaia se reúne desde de 1979, ocasião em que as províncias bascas receberam de volta sua autonomia. Em uma das salas, um vitral no teto mostra o Carvalho de Guernica rodeado por cidadãos bascos que discutem seus direitos.


Arredores


A 5km a noroeste de Gernika,perto de Kortézubi (Cortézubi), estão as Cuevas de Santimamiñe. Nas paredes de uma pequena câmara há desenhos câmara há desenhos a carvão de animais feitos pelos homens de Cro-Magnon que habitaram aqui por volta de 11.000 a.C., descobertos em 1917. Apesar de não ser possível vê-los, um guia leva os visitantes até o Longo Corredor, uma passagem subterrânea cheia de estalagmites e estalactites de formas estranhas. Santimamiñe é uma das muitas cavernas nesta área, mas a maioria não abre ao público

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ribadesella

Está encantadora cidade costeira divide um amplo estuário. De um lado está o anigo porto-cheio de bares de tapas-, abaixo de uma elevada igreja. Do outro lado do estuário há um balneário. Uma frota de caiaques coloridos chega à cidade procedente de Arriondas (rio acima), durante uma regata internacional que acontece todos os anos no primeiro sábado de agosto.
Na saída da cidade está a Cuerva de Tito Bustillo. A caverna tem muitas estalactites mas é famosa por suas pinturas pré-históricas – descobertas em 1968-, que são de cerca de 18.000 a.C. Há representações de veados a cavalos. Para proteger as pinturas, apenas 360 visitantes são aceitos por dia; ingressos distribuídos a partir das 10h e devem ser reservados. Há um museu no local.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Oviedo

Oviedo, cidade universitária e capital cultural e comercial de Astúrias, fica em um ponto elevado de uma planície muito fértil. As minas de carvão vizinhas fizeram da cidade um importante centro industrial a partir do século 19. Há ainda um pouco da atmosfera daquela época descrita por Leopoldo Alas (“Clarín”) em seu romance La Regenta. Na cidade e arredores há muitos prédios pré-românticos. Este estilo floresceu entre os séculos 8° e 10°, em uma pequena área do reino de Astúrias, uma das regiões da Espanha que não foram invadidas pelos mouros.
O núcleo da cidade medieval é a imponente Plaza Alfonso II, rodeada por palácios antigos, onde fica a catedral de arquitetura gótica flamboyant, com uma alta torre e fachada oeste assimétrica. Em seu interior estão os túmulos dos reis asturianos e um majestoso retábulo de altar dourado do século 16. O maior tesouro é a Cámara Santa, uma capela restaurada do século 9° com expressivas estátuas de Cristo e dos apóstolos. A capela também guarda algumas obras sofisticadas da arte asturiana do século 9°, entre elas duas cruzes e um relicário, todas de ouro, prata e pedras preciosas. Ainda na Plaza de Alfonso II está a Iglesia de San Tirso. Ela foi construída originalmente no século 9°, mas as restaurações posteriores deixaram somente a janela do lado leste como característica remanescente da construção pré-românica.
Atrás da catedral está o Museo Arqueológico, situado no antigo mosteiro beneditino de San Vicente, com belos claustros. Contém peças pré-históricas, românticas e pré-românticas encontradas no local.
O Museo de Bellas Artes, no palácio Velarde, tem boa coleção de pinturas asturianas e espanholas, como o retrato de Carlos II pintado por Carreño, além de obras de Greco, Goya, Dalí, Miró, e Picasso. Duas das melhores igrejas pré-românticas estão no Monte Naranco, ao norte.
Santa Maria del Naranco tem um grande salão abobadado no andar principal e galerias com arcadas nos dois extremos do prédio. Alguns dos intricados relevos nos batentes das portas da vizinha San Miguel de Lillo mostram acrobatas e domadores de animais em um circo. A Iglesia de San Julián de los Prados, situada na saída nordeste do Oviedo, data do início do século 9°. A maior de todas as igrejas pré-românticas espanholas é famosa pelos afrescos que cobrem seu interior.